terça-feira, 24 de novembro de 2009

* POR MARES NUNCA DANTES NAVEGADO

Bom... Se no patropi nem ao menos existe um ministério do turismo - a indústria que mais fatura no planeta depois do petróleo - o que se dirá de um de seus principais segmentos, o turismo náutico.

Mantendo o Brasil permanentemente em crise há vários anos a turma governamental procura impor sempre mais um pacote econômico. O que é pior, não resolve. 

O incentivo às atividades produtivas, em particular o turismo náutico é uma das formas mais elegantes e educativas de propiciar aos nacionais uma vida mais digna. Aos empresários do setor a possibilidade de lucros e aos trabalhadores melhores salários. 

Um olhar mais atento e responsável à construção naval, iates clubes e marinas irá mostrar o quanto o país deixa de faturar inexistindo uma náutica ativa. Um marinheiro de embarcação média recebe mensalmente entre 8 e 12 salários mínimos. Um mecânico mais. 

Todo o pessoal de manutenção naval é muito bem remunerado e, por conseqüência, tem acesso a melhores condições de vida. Essa de fornecer ao trabalhador cesta básica, vale transporte e leitinho grátis é coisa de páis sub desenvolvido e de político safado que além de demonstrar uma pobreza cultural gritante, ainda humilha o assalariado.

É preciso esclarecer que a náutica não é privilégio dos mais abastados. É só verificar na Europa e Estados Unidos, em Miami principalmente, para se constatar o quanto esse setor colabora na economia. 

Afinal de contas, se copiamos tanta porcaria estrangeira, porque não tentar imitar o contexto marítimo. Aí sim estaremos fazendo algo inteligente e lucrativo.

Será que os nossos cabeças de bagre, políticos, a começar dos vereadores e prefeitos até os da corte de Brasília conseguem entender o que escrevemos? Ou somente se preocupam em se reeleger, tentando novamente nos enganar. Anos não são, comprova-se pela meteção de mão no erário.

Pela primeira vez, temos um Presidente da República razoavelmente esclarecido. Quem sabe tenha ele um estalo e perceba o quanto carecemos de um apoio sério ao turismo náutico, fabricantes e prestadores de serviços. 

Qualquer economista pode calcular a geração de recursos, bons salários e melhoria de vida para a população através da implantação de projetos náuticos. Se no próprio governo não existem boas soluções é muito fácil. Independe que qualquer ajuda internacional, uma Andrade Gutierrez sabe e tem em mãos dados concretos para solucionar em boa parte a situação financeira econômica do brasileiro, a construção de marinas no litoral. Mormente, se considerarmos os oito mil quilômetros da maravilhosa costa que possuímos. 

Será que os nossos barnabés municipais, estatuais e federais conseguem entender isso? Compreenda o leitor os termos mais fortes dessa matéria. Certamente também se revolta com a péssima maneira pela qual esse país-maravilha é gerido, em particular a atividade náutica.

Ricardo Faria - Editor do Jornal Hollyday Tour 
articulista@ubaweb.com

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